sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Podemos entender por precipitação como sendo o retorno do vapor d’água atmosférica no estado líquido ou sólido à superfície da terra. Formas de precipitação: chuva, neve, granizo, orvalho e geada. Sendo que os dois últimos ocorrem por deposição na superfície terrestre.
Existem três principais tipos de chuvas, que estão relacionados com fatores que a originaram. As chuvas podem ser orográficasciclônicas ou convectivas.

Chuvas orográficas

É originada quando uma massa de ar úmido que se desloca, encontra uma barreira topográfica (serra, montanha, etc), e é forçada a elevar-se, ocorrendo queda de temperatura seguida da condensação do vapor d’água eformação de nuvens. Chuvas orográficas apresentam pequena intensidade, e longa duração. Veja abaixo um esquema de como ocorrem:
Chuva orográfica
Chuva orográfica

Chuvas ciclônicas ou Frontais

Ocorrem no encontro de massas de ar de características distintas (ar quente + ar frio). São caracterizadas por, serem contínuas, apresentarem intensidade baixa a moderada e abrangem grande área. Abaixo seguem as maneiras com que as frentes quentes e frentes frias se distribuem, originando a precipitação (chuva).
chuva ciclonica
Chuva ciclônica ou frontal

Chuvas convectivas

São chuvas causadas pelo movimento de massas de ar mais quentes que sobem e condensam. As chuvas convectivas ocorrem principalmente, devido à diferença de temperatura nas em camadas próximas da atmosfera terrestre. São caracterizadas por serem de curta duração porém de alta intensidade e abrangem pequenas áreas.
Chuva de convecção
Entendendo o clima
O extenso território brasileiro, a diversidade de formas de relevo, a altitude e dinâmica das correntes e massas de ar, possibilitam uma grande diversidade de climas no Brasil. Atravessado na região norte pela Linha do Equador e ao sul pelo Trópico de Capricórnio, o Brasil está situado, na maior parte do território, nas zonas de latitudes baixas -chamadas de zona intertropical-  nas quais prevalecem os climas quentes e úmidos, com temperaturas médias em torno de 20 ºC.
 A amplitude térmica - diferenças entre as temperaturas mínimas e máximas no decorrer do ano - é baixa, em outras palavras: a variação de temperatura no território brasileiro é pequena.
Os tipos de clima do Brasil 
Para classificar um clima, devemos considerar a temperatura, a umidade, as massas de ar, a pressão atmosférica, correntes marítimas e ventos, entre muitas outras características. A classificação mais utilizada para os diferentes tipos de clima do Brasil assemelha-se a criada pelo estudioso Arthur Strahler, que se baseia na origem, natureza e movimentação das correntes e massas de ar. 
 De acordo com essa classificação, os tipos de clima do Brasil são os seguintes: 
Clima Subtropical: presente na região sul dos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Caracteriza-se por verões quentes e úmidos e invernos frios e secos. Chove muito nos meses de novembro à março. O índice pluviométrico anual é de, aproximadamente, 2000 mm. As temperaturas médias ficam em torno de 20º C. Recebe influência, principalmente no inverno, das massas de ar frias vindas da Antártida.

Clima Semi-árido: presente, principalmente, no sertão nordestino, caracteriza-se pela baixa umidade e pouquíssima quantidade de chuvas. As temperaturas são altas durante quase todo o ano.

Clima Equatorial: encontra-se na região da Amazônia. As temperaturas são elevadas durante quase todo o ano. Chuvas em grande quantidade, com índice pluviométrico acima de 2500 mm anuais.

Clima Tropical: temperaturas elevadas (média anual por volta de 20°C), presença de umidade e índice de chuvas de médio a elevado.

Clima Tropical de altitude: ocorre principalmente nas regiões serranas do Espirito Santo, Rio de Janeiro e Serra da Mantiqueira. As temperatura médias variam de 15 a 21º C. As chuvas de verão são intensas e no inverno sofre a influência das massas de ar frias vindas pela Oceano Atlântico. Pode apresentar geadas no inverno.

Clima Tropical Atlântico (tropical úmido): presente, principalmente, nas regiões litorâneas do Sudeste, apresenta grande influência da umidade vinda do Oceano Atlântico. As temperaturas são elevadas no verão (podendo atingir até 40°C) e amenas no inverno (média de 20º C). Em função da umidade trazida pelo oceano, costuma chover muito nestas áreas.
Curiosidades:
- A ciência que estuda o clima e o tempo é o ramo da Geografia conhecido como climatologia.
- As mudanças climáticas têm provado, na atualidade, o derretimento das calotas polares e a intensificação do processo de desertificação

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Principais unidades do relevo brasileiro

Na década de 1940, os pioneiros estudos e divisões geomorfológicas do Brasil foram desenvolvidos por Aroldo de Azevedo. Sua divisão recebeu alterações do geógrafo Aziz Ab'Saber,seu aluno. Segundo o geógrafo Jurandyr Ross, hoje, após estudos desenvolvidos durante os anos de 1970 e 1985 e publicados na década de 1990, 0 relevo brasileiro apresenta três tipos de unidades geomorfológicas, que refletem suas gêneses: os planaltos, as planícies e as depressõesOs compartimentos mais significativos do relevo brasileiro se originaram ao longo da era Cenozóica, quando houve o soerguimento da plataforma sul-americana e, conseqüentemente, processos erosivos marcantes nas bordas das bacias sedimentares. Observe no mapa ao lado ou clique na imagem para vê-la ampliada, as unidades do relevo brasileiro:

A - As unidades dos planaltos brasileiros
É comum ouvirmos que o planalto é um lugar plano e alto. Não é bem assim, na realidade os estudos mais recentes indicam que o planalto é um compartimento de relevo que possui superfície irregular a uma altitude superior a 300 metros, onde os processos erosivos são predominantes, e não os de sedimentação. Como ilustrado no mapa 1, vemos que no Brasil os planaltos são divididos em quatro grupos.
Os planaltos em bacias sedimentares se caracterizam por terem quase toda extensão circundada por depressões periféricas. Nessas zonas de contato entre os planaltos e as depressões, ocorrem os relevos escarpados denominados cuestas.Esses planaltos localizam-se em três áreas:
O Planalto da Amazônia oriental (localizado com o número 1 no mapa) acompanha o curso médio do Rio Amazonas até sua foz, não apresentando elevadas altitudes. Em seu limite norte, as altitudes estão em torno de 400m, enquanto ao sul chegam a ultrapassar os 300m. Observe o perfil topográfico1 da região na figura 2 abaixo:Os planaltos e chapadas da Bacia do Parnaíba (2) têm seu limite norte nivelado com as áreas baixas da bacia Amazônica e apresentam degraus e terrenos cristalinos, como o Planalto da Borborema. Essas unidades planál-ticas ocupam as duas margens do rio Parnaíba e estendem-se desde o'centro-oeste do país até as proximidades do litoral do Pará e do Piauí. Em seus terrenos ocorrem os morros com topos planos,tabulares,as famosas chapadas.Como veremos na aula de climas do Brasil,a intensidade da seca no nordeste brasileiro está diretamente relacionada com a Amazônia. Observe o perfil topográfico da região na figura 3 abaixo:

As massas de ar formadas na Amazônia são bastante úmidas e se deslocam em sentido do Nordeste. Os meses em que mais chove na Amazônia são os do final e do início de ano,quando ocorrem as mais densas formações de massas de ar.Se essas massas ultrapassarem o Planalto da Borborema, é sinal de chuva no sertão nordestino. Se isso não ocorrer em janeiro, espera-se um longo período de seca durante todo o ano na região.
Ocupando grande parte do centro-sul do país, os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná apresentam vasta área formada por rochas vulcânicas, que resultam na formação dos solos de terra roxa. Desde o Rio Grande do Sul até o estado de Goiás, notamos a presença das áreas com grande potencial agrícola. Esses planaltos acompanham os afluentes do rio Paraná e chegam a atingir cerca de 1000 metros de altitude. Destaca-se, no Mato Grosso, a Chapada dos Guimarães(foto abaixo à direita).

sexta-feira, 22 de julho de 2011

relevo brasileiro

Introdução 
O território brasileiro pode ser dividido em grandes unidades e classificado a partir de diversos critérios. Uma das primeiras classificações do relevo brasileiro, identificou oito unidades e foi elaborada na década de 1940 pelo geógrafo Aroldo de Azevedo. No ano de 1958,  essa classificação tradicional foi substituída pela tipologia do geógrafo Aziz Ab´Sáber, que acrescentou duas novas unidades de relevo.
Classificações de relevo 
Uma das classificações mais atuais é do ano de 1995, de autoria do geógrafo e pesquisador Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia da USP (Universidade de São Paulo). Seu estudo fundamenta-se no grande projeto Radambrasil, um levantamento feito entre os anos de 1970 e 1985. O Radambrasil tirou diversas fotos da superfície do território brasileiro, através de um sofisticado radar acoplado em um avião. Jurandyr Ross estabelece 28 unidades de relevo, que podem ser divididas em planaltos, planícies e depressões.
Características do relevo brasileiro 
O relevo do Brasil tem formação muito antiga e resulta principalmente de atividades internas do planeta Terra e de vários ciclos climáticos. A erosão, por exemplo, foi provocada pela mudança constante de climas úmido, quente, semi-árido e árido. Outros fenômenos da natureza (ventos e chuvas) também contribuíram no processo de erosão.
O relevo brasileiro apresenta-se em : 
Planaltos –  superfícies com elevação e aplainadas , marcadas por escarpas onde o processo de desgaste é superior ao de acúmulo de sedimentos.
Planícies –  superfícies relativamente planas , onde o processo de deposição de sedimentos é superior ao de desgaste.
Depressão Absoluta - região que fica abaixo do nível do mar. 
Depressão Relativa
– fica acima do nível do mar . A periférica paulista, por exemplo, é uma depressão relativa.
Montanhas –  elevações naturais do relevo, podendo ter várias origens , como falhas ou dobras.