sexta-feira, 29 de julho de 2011

Principais unidades do relevo brasileiro

Na década de 1940, os pioneiros estudos e divisões geomorfológicas do Brasil foram desenvolvidos por Aroldo de Azevedo. Sua divisão recebeu alterações do geógrafo Aziz Ab'Saber,seu aluno. Segundo o geógrafo Jurandyr Ross, hoje, após estudos desenvolvidos durante os anos de 1970 e 1985 e publicados na década de 1990, 0 relevo brasileiro apresenta três tipos de unidades geomorfológicas, que refletem suas gêneses: os planaltos, as planícies e as depressõesOs compartimentos mais significativos do relevo brasileiro se originaram ao longo da era Cenozóica, quando houve o soerguimento da plataforma sul-americana e, conseqüentemente, processos erosivos marcantes nas bordas das bacias sedimentares. Observe no mapa ao lado ou clique na imagem para vê-la ampliada, as unidades do relevo brasileiro:

A - As unidades dos planaltos brasileiros
É comum ouvirmos que o planalto é um lugar plano e alto. Não é bem assim, na realidade os estudos mais recentes indicam que o planalto é um compartimento de relevo que possui superfície irregular a uma altitude superior a 300 metros, onde os processos erosivos são predominantes, e não os de sedimentação. Como ilustrado no mapa 1, vemos que no Brasil os planaltos são divididos em quatro grupos.
Os planaltos em bacias sedimentares se caracterizam por terem quase toda extensão circundada por depressões periféricas. Nessas zonas de contato entre os planaltos e as depressões, ocorrem os relevos escarpados denominados cuestas.Esses planaltos localizam-se em três áreas:
O Planalto da Amazônia oriental (localizado com o número 1 no mapa) acompanha o curso médio do Rio Amazonas até sua foz, não apresentando elevadas altitudes. Em seu limite norte, as altitudes estão em torno de 400m, enquanto ao sul chegam a ultrapassar os 300m. Observe o perfil topográfico1 da região na figura 2 abaixo:Os planaltos e chapadas da Bacia do Parnaíba (2) têm seu limite norte nivelado com as áreas baixas da bacia Amazônica e apresentam degraus e terrenos cristalinos, como o Planalto da Borborema. Essas unidades planál-ticas ocupam as duas margens do rio Parnaíba e estendem-se desde o'centro-oeste do país até as proximidades do litoral do Pará e do Piauí. Em seus terrenos ocorrem os morros com topos planos,tabulares,as famosas chapadas.Como veremos na aula de climas do Brasil,a intensidade da seca no nordeste brasileiro está diretamente relacionada com a Amazônia. Observe o perfil topográfico da região na figura 3 abaixo:

As massas de ar formadas na Amazônia são bastante úmidas e se deslocam em sentido do Nordeste. Os meses em que mais chove na Amazônia são os do final e do início de ano,quando ocorrem as mais densas formações de massas de ar.Se essas massas ultrapassarem o Planalto da Borborema, é sinal de chuva no sertão nordestino. Se isso não ocorrer em janeiro, espera-se um longo período de seca durante todo o ano na região.
Ocupando grande parte do centro-sul do país, os Planaltos e Chapadas da Bacia do Paraná apresentam vasta área formada por rochas vulcânicas, que resultam na formação dos solos de terra roxa. Desde o Rio Grande do Sul até o estado de Goiás, notamos a presença das áreas com grande potencial agrícola. Esses planaltos acompanham os afluentes do rio Paraná e chegam a atingir cerca de 1000 metros de altitude. Destaca-se, no Mato Grosso, a Chapada dos Guimarães(foto abaixo à direita).

sexta-feira, 22 de julho de 2011

relevo brasileiro

Introdução 
O território brasileiro pode ser dividido em grandes unidades e classificado a partir de diversos critérios. Uma das primeiras classificações do relevo brasileiro, identificou oito unidades e foi elaborada na década de 1940 pelo geógrafo Aroldo de Azevedo. No ano de 1958,  essa classificação tradicional foi substituída pela tipologia do geógrafo Aziz Ab´Sáber, que acrescentou duas novas unidades de relevo.
Classificações de relevo 
Uma das classificações mais atuais é do ano de 1995, de autoria do geógrafo e pesquisador Jurandyr Ross, do Departamento de Geografia da USP (Universidade de São Paulo). Seu estudo fundamenta-se no grande projeto Radambrasil, um levantamento feito entre os anos de 1970 e 1985. O Radambrasil tirou diversas fotos da superfície do território brasileiro, através de um sofisticado radar acoplado em um avião. Jurandyr Ross estabelece 28 unidades de relevo, que podem ser divididas em planaltos, planícies e depressões.
Características do relevo brasileiro 
O relevo do Brasil tem formação muito antiga e resulta principalmente de atividades internas do planeta Terra e de vários ciclos climáticos. A erosão, por exemplo, foi provocada pela mudança constante de climas úmido, quente, semi-árido e árido. Outros fenômenos da natureza (ventos e chuvas) também contribuíram no processo de erosão.
O relevo brasileiro apresenta-se em : 
Planaltos –  superfícies com elevação e aplainadas , marcadas por escarpas onde o processo de desgaste é superior ao de acúmulo de sedimentos.
Planícies –  superfícies relativamente planas , onde o processo de deposição de sedimentos é superior ao de desgaste.
Depressão Absoluta - região que fica abaixo do nível do mar. 
Depressão Relativa
– fica acima do nível do mar . A periférica paulista, por exemplo, é uma depressão relativa.
Montanhas –  elevações naturais do relevo, podendo ter várias origens , como falhas ou dobras.